terça-feira, 27 de outubro de 2009

Percorri um caminho curto, com paços vagarosos.
Na esperança que o tempo passe num ápice.
Que as horas voem e que os dias futuros cheguem.
Nesse espaço de tempo, eu observei tudo ao meu redor, como pode ser tudo tão belo, quando na nossa mente se encontra um pensamento tão esplêndido, encontro várias explicações, possíveis e imaginárias.
Tudo depende da forma como transmitimos os nossos pensamentos, para aquilo que vemos.
O céu parecia um mar azul a ser invadido por fogo ardente.
E pensei : "Roubaram-nos a Lua... mas é impossível roubar algo fixo, talvez ainda não fosse a hora certa para ela se mostrar tudo tem um tempo, o tempo certo para aparecer. "
Deixando de lado os meus pensamentos, continuei com a minha deslumbrada contemplação...
O ar não era quente, não era frio... Fez-me sentir.
O chão parecia mais duro que os outros dias e ao mesmo tempo parecia querer fugir-me debaixo dos pés, lutei contra uma queda.
Estava encantada. Olhei para o lado e simplesmente senti um arrepio que percorreu toda a minha espinha, dizem que é a morte, eu digo que foi um sinal de que estou viva e pronta para viver pelo que me mantém aqui.
Eu hoje não fiz uma mera pausa, apesar de o meu coração quase explodir pela intensidade dos seus batimentos, eu não podia parar.
Parar é morrer, seguir em frente é acreditar num futuro.
Enquanto tiver todas as forças para continuar a percorrer os meus caminhos, sejam eles curtos ou longos, irei percorre-los sempre com os paços menos apreçados.
Não tenho presa de chegar, desde que tenha a certeza que na chegada tenho o que me fez vagar todos os caminhos de todos os dias, de toda uma vida.


Andreia Cartaxo

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